esperando pela resposta
por todo o clamor íntimo
esperando pela disposta
por todo o crer ínfimo
escolho meu ostracismo
descrédito visual
escolho meu solipsismo
negação sexual
trocaria a anormalidade pela virgindade?
importância de rir essa verdade
longe da minha presença
no cadafalso não se dá o ato
carnal aliança de sentença
exulto a diadema do celibato
a prezada noiva
cobre-se de branco
adorna-se à boa nova
e flertar é seu pranto
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quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Porque
Só vejo motivo em viver
enquanto me perguntar porquê.
Só vejo motivo em morrer
enquanto me perguntar por quê?
enquanto me perguntar porquê.
Só vejo motivo em morrer
enquanto me perguntar por quê?
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Cercado de Facas
Cada vez que falo com vocês
De amargura transborda meu peito.
Meus lábios enchem-se de chagas.
Porém menos que meu ouvido direito.
Insinceras palavras...
Conquanto remoo indignado
No silente arvoredo
Atrelo-me ao solipsismo
À descrença de homens enveredo.
Vazias aljavas...
Comoção de carne é desgosto.
Incrédulo, contristeço o semblante
Por vossas tolas tentações,
Faço ajoelhá-las ao Todo-Preponderante.
Crentes travas...
Crença no meu talento!
Livramento mostrar-se-ão júbilos!
A tribulação há de ser cega
Porquanto sou o último
Cercado de facas.
De amargura transborda meu peito.
Meus lábios enchem-se de chagas.
Porém menos que meu ouvido direito.
Insinceras palavras...
Conquanto remoo indignado
No silente arvoredo
Atrelo-me ao solipsismo
À descrença de homens enveredo.
Vazias aljavas...
Comoção de carne é desgosto.
Incrédulo, contristeço o semblante
Por vossas tolas tentações,
Faço ajoelhá-las ao Todo-Preponderante.
Crentes travas...
Crença no meu talento!
Livramento mostrar-se-ão júbilos!
A tribulação há de ser cega
Porquanto sou o último
Cercado de facas.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
A Máscara da Crueldade
Pereceis em vergonha,
À minha doente visão sois ridículos.
Um fluxo de veloz furor
Devasta predestinado vossos gestos.
Que contraste lastimável...
Desconheceis a dor?
Inundais a vida
Dando as costas ao labirinto.?
Desconheceis a loucura.
Presos na forma humana
Vigiai sem zelo os próximos
- da morte
No ritmo dos carnosos céus,
Cultivo abaixo à perene chuva
Vossos insultos de sentimentalismo
- a máscara da crueldade
À minha doente visão sois ridículos.
Um fluxo de veloz furor
Devasta predestinado vossos gestos.
Que contraste lastimável...
Desconheceis a dor?
Inundais a vida
Dando as costas ao labirinto.?
Desconheceis a loucura.
Presos na forma humana
Vigiai sem zelo os próximos
- da morte
No ritmo dos carnosos céus,
Cultivo abaixo à perene chuva
Vossos insultos de sentimentalismo
- a máscara da crueldade
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Eterno Exumado
Perceba que uma exumação
É tão cheia de movimentos
Quanto um espaço em vão
Recheado de sentimentos
Se te minto
Então inspire o mal odor
Que faz evolar-se em absinto
Quem do chão provou a dor
Expire, já não pulsa
Expire, hora injusta
Expire tua culpa
Mas não espere ficar deitado
Mas não espere ser consolado
Mas não espere para sempre exumado
É tão cheia de movimentos
Quanto um espaço em vão
Recheado de sentimentos
Se te minto
Então inspire o mal odor
Que faz evolar-se em absinto
Quem do chão provou a dor
Expire, já não pulsa
Expire, hora injusta
Expire tua culpa
Mas não espere ficar deitado
Mas não espere ser consolado
Mas não espere para sempre exumado
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Obra do Ocaso
Olhaste-me porque sabias quem te pensava?
És mais pálida que o reflexo do sol
Entorpecente da minha noite absorta
Lívida assim podias ser meu diário crisol
Mutismo escorrendo no espaço
Mutualismo do castiçal com a ermitã
Vulnerável em teu véu de meandros radiantes
Visível que és uma dama cristã
Portanto questão não faço
De sequer lhe tocar um dedo
Repouse o que pensas no gineceu
Tranquila que não entendo
O que desenterraste quando me olhava?
Confesso que tenho medo!
És mais pálida que o reflexo do sol
Entorpecente da minha noite absorta
Lívida assim podias ser meu diário crisol
Mutismo escorrendo no espaço
Mutualismo do castiçal com a ermitã
Vulnerável em teu véu de meandros radiantes
Visível que és uma dama cristã
Portanto questão não faço
De sequer lhe tocar um dedo
Repouse o que pensas no gineceu
Tranquila que não entendo
O que desenterraste quando me olhava?
Confesso que tenho medo!
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Cidade sem Mistérios
Tu te ofenderias se por acaso
Eu declamasse tudo que sinto de belo em ti?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu contasse que vejo na borda dos teus olhos
Dois rasgos que traçam uma abóboda
Sustentando um céu crepuscular de estrelas?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu revelasse que tuas simples unhas
São na verdade lâminas de razão
Que cortam o ar, embelezando-o com a Graça?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu lembrasse que teu cabelo
Porquanto louvável, é um véu de poder,
Anjo ascendente, que lhe cobre de honra e decência?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu confessasse que a escala da tua voz
É uma melodia que me mesmeriza
Música regente que me trata quando falas?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu declarasse o recato de teu caráter,
Pulsando no teu enorme e bom coração,
Uma peleja constante que te faz mulher de Deus?
Porque se tu te ofendes
Pergunto ao Senhor
Se cada virtude dessas
Ele também não percebe!
Se continuas melindrada
Deixa que eu me curvo em respeito
Retiro-me das tuas vistas indigno.
Antes ainda abro as portas do meu coração,
Que dilata a maior tensão da minha cambaleante vida
Para ouvir trêmulo o que quer
Que você queira, eis exposto o meu rosto.
E depois mantendo as portas abertas,
Mesmo já vertendo trilhas de sangue,
Eu, tão logo,
Declaro que te amo.
Assim disse o Senhor
Porque não por acaso
Rendo a Ele
O meu amor.
Eu declamasse tudo que sinto de belo em ti?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu contasse que vejo na borda dos teus olhos
Dois rasgos que traçam uma abóboda
Sustentando um céu crepuscular de estrelas?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu revelasse que tuas simples unhas
São na verdade lâminas de razão
Que cortam o ar, embelezando-o com a Graça?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu lembrasse que teu cabelo
Porquanto louvável, é um véu de poder,
Anjo ascendente, que lhe cobre de honra e decência?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu confessasse que a escala da tua voz
É uma melodia que me mesmeriza
Música regente que me trata quando falas?
Tu te ofenderias se por acaso
Eu declarasse o recato de teu caráter,
Pulsando no teu enorme e bom coração,
Uma peleja constante que te faz mulher de Deus?
Porque se tu te ofendes
Pergunto ao Senhor
Se cada virtude dessas
Ele também não percebe!
Se continuas melindrada
Deixa que eu me curvo em respeito
Retiro-me das tuas vistas indigno.
Antes ainda abro as portas do meu coração,
Que dilata a maior tensão da minha cambaleante vida
Para ouvir trêmulo o que quer
Que você queira, eis exposto o meu rosto.
E depois mantendo as portas abertas,
Mesmo já vertendo trilhas de sangue,
Eu, tão logo,
Declaro que te amo.
Assim disse o Senhor
Porque não por acaso
Rendo a Ele
O meu amor.
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