Fermenta no meu dínamo a oscilação mais inconstante.
Eu suporto até que chova, 
mas mesmo que das gotas eu evapore o incenso do alívio, 
ele se evola e não desce ao solo mais, 
um paliativo ridículo 
que só me faz lembrar da pesarosa realidade 
a qual estou fadado com mais intensidade. 
Essa frieza é incompartilhável. 
Rasgo as flores com todo o requinte 
em um jardim de cravos anis 
e o vendaval as tremula, 
debochando da minha persistência 
atacante do nada invulnerável. 
O céu fere um grito de decisão; 
cai no meu colo cheio de graça, 
mas depois que percebo que é o feto da punição.
Não que o pesadelo seja a realidade
Não que o pesadelo seja a realidade
como em um conto estúpido, 
mas o ideal sim perturba-me diariamente. 
Nele eu me espelho, 
nele eu busco o paradigma 
que admito sem resistências 
ser aquilo que eu desejava para minha vida até o fim.
Muitos pensarão o tanto possível,
Muitos pensarão o tanto possível,
mas só quem considera minha cordialidade a pior das ofensas entenderá.