O violino está preparado
Trêmula, ela toma o arco
A melodia do que será ceifado
Ela medita com pulso fraco.
Difícil a música fatal
O próprio corpo sente
Cada nota tonal
Rasgando pungente
Enfim a elegia jorra
Sem medo das feridas abertas
Gozando o sangue, a forra
Ela não precisa falar
O som rompe suas tristezas certas
Tingindo de escarlate o ar.
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