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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Onírica

Desejos dos beijos
Na nua lua carne crua
Salgada de sentimentos

Choras não por me achar
Sim por se perder ao se deitar
Aliviando teu vício aqui
Aquiesce teu só ali

Noturno véu descubro
No turvo céu vislumbro
O sabor da sábia esbelta
Delícias adentro do delta

Linda neblina langue
Tão branca, um brinco de sangue
Pendurado perdura perfulgente
Gente não mente no dizer-te avivente

Sem fim és assim para mim
Não tremo à estrela que aquece
Amanhece mas a mente não esquece
A landgravina lenitiva de Berlin

De novo vens tu e tua violência
Branda de braços que abrem
Um velho vidro que desvaira vinolência
Quebranta-me toda ébria - me abrenhe...

Só que foi um sonho só
Desperto e... nem de perto!
Com tato desejo dormir - contigo dama.

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