Preto feito opróbrio
É o espinho que fere a si próprio
Pretensioso diante do espelho
Consome-se em dor voltado a si mesmo
Só dói quando toca
A lente que lhe desfoca
Pungente que só, o alente -
A si próprio fere e nem sente
Carne virgem, carne apodrecida
Doendo juntas na mesma ferida
Desejando aquilo que as detêm
O mesmo que ambas têm
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