Brotando de uma visão sanguinária
Teu corpo nu banhado de vermelho
De costas, contorcida, vês minha face esquálida
Olhos mortiços, mas não digo velhos
Fitam-me sórdidos e me mesmerizam
Linhas escarlates enfeitam teus cílios
Uma negra cachoeira descende lisa
Nela entremeiam-se lâminas de guerra
Uma incógnita investida
No teu colo aberto, talvez serras,
Martelos, bastões de espinhos, armas brancas
Cortam-te, bélicas insígnias da Terra
Conduza-me ao teu mundo de fatalidades francas,
Invencível reino eritrárquico,
Lá aonde tua sanguinária visão me abranda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário