Palavras praguejantes aos pés do paganismo
Evocam hordas de sílfides simbólicas e sagazes
Condensam-se misteriosamente no antro da minha amada,
Ao redor do seu tálamo, dançam e choram cânticos audazes.
Minha horda de discórdia se manifesta e presencia
O ápice do prazer que ela desfruta com seu núbio
Choram mais, banham esse amor hipócrita de veneno
A fim de mortificar a negação do ímpeto rúbeo.
Profeta falso! Imbute teu âmbito nas tuas sagradas!
Acusa-me do que no teu bruto âmago, ressente!
Não é espírito divino algum, é dedução das mais pretensiosas!
Amém todos dizem - minha situação é tão recente...
Contudo, bando de criminosos, para variar estão certos!
Foge o anátema e faz sentir um indiferente rastro de silêncio
Sentem minha falta? Falta grave! Deboche...
Surdo-mudos pentecostais, sequer olham para o denso!
Minhas sílfides derrotadas choram sangue quando as exulto
Evanescem-se abarrotadas de fracassos e destinam-se ao submundo
Aguardem-me calmas, porque estarei convosco servindo à Deusa do Fim,
Blasfemando as divindades, erigindo um panteão às musas desse mundo.
Amada, nem o teu deus chega aonde estou!
Cova de mistérios insondáveis é onde meu ser esboça residência
Sabeis bem, então confiais nas vossas arcangelicais orações para me tocarem.
Gabriéis malditos! Venham! Esquartejarei-vos com a sinistra lâmina de concupiscência.
No final, o Reino da Solitude prevalecerá
Eu e as voluptuosas sílfides uniremos nossas íntimas lágrimas
Na magnânima desolação da fortaleza indestrutível - Helheim.
E vós confinados no templo aéreo de contritas eternas lástimas.
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