Curva torto a fuça pra frente
Sedento do líquido imundo tão quanto ele
É todo prazer ao lamber os vermes molhados
Reflete na fauce toda aquela miríade feliz
Insaciável por todo o corpo sujo
Não vai parar até secar essa rasa fonte
De repente, por acaso, deixa de lado, farto
Já esquece o manjar bacteriano lhe reservado
Sai limpo, mas preto na essência
Na aparência não menos
O olhar bestial lambe-se
Sem ter noção do ciclo infinito
Que ilumina sua rua
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