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terça-feira, 15 de junho de 2010

Deserção Dourada

Rio -
De lágrimas abaixo meus olhos,
De sangue afora meu coração.
 
Amor natimorto...
Teus abraços a mim
Mas os beijos ao outro
Vi este nascimento.
 
Não me abraces assim
Se não queres a mim
 
Um nó de dúvidas foi desatado
E apertou meu coração
Ver-te agora sempre ao lado de outro
Deprimindo minhas veias cada vez que te via
 
Parecia que era para mim,
Encantar-me com teu sorriso jovial
Ondular-me nos teus quadris delicados
Mesmerizar-me com tua presença meiga
 
Irônica triste lástima filosófica -
o que parece nunca é
 
Chorei e como chorei em cima do teu túmulo.
Angustiei-me olhando para a tua cruz.
Salgadas gotas nada florescem.
Possibilidade tornou-se melancólicos sonhos...
 
Mas depois dessa morte`
É chegada a hora de procurar
Uma nova cova.
 
Sinto que no paraíso onde vives
Fui punido pelo Destino,
Não há caminhos -
e não aceito O caminho.
 
Aceito sim a punição -
O que há abaixo dos céus ao meu bel prazer
Todos os meus delírios sobreponho
No meu caminho
Preenchido pelo Livre Arbítrio.
 
A Deus a ti, a Deus ao outro -
A Deusa a mim.