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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Camponesa

Camponesa suja e fétida,
Dançando melodias hereges e pagãs
Até embriagar-se tépida,
Sejamos irmãs.

Camponesa mal-trapilha
Descarnada, castanho desgrenhado,
Pele do Sol, de mil trilhas,
No rito, culte o Empenhado.

Camponesa teutônica,
Sempre de má fama na aldeia
Causa suspiros amorosos de vômica,
Com este condimento, por favor, uma ceia.

Camponesa de olhos bestiais,
De primeira, lançou-me um sortilégio.
Tua carne é podre mas sem iguais,
Quero lamber dela o privilégio.

Camponesa, criatura incorreta,
Foje ao sabá, bebe sangue, goza outras
Vende-se inteira à Felina Preta,
Nosso tribadismo valerá cada gota.

Camponesa imunda profunda,
Descruza as pernas, conduz a cruz.
No terço da igreja, um meio muda
Saibas, este teu ateísmo me seduz.

Camponesa, escrava do Malígno
Desconfias leis divinas - são dos homens,
Os que, em piedade, dão-te o poste ígneo.
Nele, por ti, arderia desde ontem.

Camponesa filógina,
Das companheiras, espreitas as saias e os contornos
Se com o olhar as despe, de mãos se faz andrógina.
Convido-te ao meu gineceu - floresçamos mil gozos.

Camponesa! Camponesa! Camponesa...
Dos céus abaixo, só tu me queres boa sorte
Teu opróbrio dá-me esta certeza.
Riqueza, o resto, deseja-me de morte.

Camponesa, disparei meu amor pela janela
Quando te vi, e refletiste no rio dos meus olhos.
Sem ti, vida sem nexo, acabem com ela...
Ainda não - não me contento só com o que olho.

Camponesa, repito, adentre meu castelo
Ou então fujirei ao teu tugúrio
Preciso ver de novo o quão teu ser é belo
E no fundo, ritualisticamente, beijemo-nos nesse augúrio.

Camponesa, em nome dos Anjos Caídos,
Devoto a ti, todo meu amor sáfico,
Prazeres por mim, ainda desconhecidos
Preciso desfrutá-lo o mais rápido.

Camponesa, calma, lenta,
Como difícil foi lhe render este arcano.
A mesma que sou, tua alma alenta
Ainda, que leve, para tomá-la um ano.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Call of the Finest

Einherjer, Einherjer
Left your soul and ride with her
Einherjer, Einherjer
Thousand flashes will soothe your nerves

As Heimdall blow his horn
Valkyries was informed
To take the finest souls
Spearing to the final goal!

Increase your strenght
Battle all over the land
Once prepared, face your fate
Stalk through Valhalla's Gate!

Helheim's hordes has raised
Claiming their place by disgrace
Now everyone, gathered and united
No matter the way their souls set side!

Decide
Aside
A tide of blood
Mouth of Chaos'
Gap
Do not forget,
Welcome back to Ginnungagap!

Fell the calling purpose
Blowing in Midgard, like a bleeding rose
Valkyries trend finally unlocked
Dearest failure after Ragnarok!

Um Ano, o Pior dos Animais

O dobro
Perfeito
Um a mais

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nornas

Eu garanto que não aconteceu nada
Aconteceu o que não aconteceu
Tendo acontecido, aconteceu tudo
Que não tendo acontecido, aconteceu
Acontecerá se quem tecerá
O destino, desfiar o tecido,
Mortalha do Esquecido,
Desafiar quem há de tecer
O que não irá acontecer
Grito mudo desafinado
De quem trama desconfiado
Do tal trama do destino
Desatinado fio fino
Destinado a dissabores
De saber nunca o sabor
Do que acontecerá de mim
Com tecido no frio fim.

Vestes agora o que viste?
Visitas as visitas esquisitas
As vestes às vésperas do insiste.
Atravessa a ponte, quem gritas?
A travessa que se transveste?
A travessa que não se veste?
A travessa se não viste
Atravesse mesmo assim
Por cima para dentro
Adentro abaixo do fim.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Só na Frente do Espelho

Só na frente do espelho
Acredito a lágrima caída,
Orvalho de umidade,
Humilde mil suspiros suicidas.

Só na frente do espelho
O que nunca é, se torna.
Estilhaça-se o conteúdo
E como sempre a forma.

Só na frente do espelho.
Mas há alguém de mim além
Só aguardando minha trincada alma
Para levar do Nastronol aquém.

A quem por tanto esperou
Consorte à sua classe.

Nem na Frente do Espelho

Nem na frente do espelho
Vejo tanta estranheza.
Comemorações alucinadas
Pela cisma da esperteza.

Nem na frente do espelho
Parte-se união tão desconexa.
Não reside poesia nessa casa,
Lei decretada por tolice complexa.

Nem na frente do espelho
Conseguem refletir.
Do contrário, por uma centelha,
Conceberiam a necessidade de partir

O espelho que chorou
Quando viu minha face.