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sábado, 17 de setembro de 2011

A Próxima Distância

Mar de dúvidas escarlate
Faz renascer o ódio mais querido
Em mim, mas somente uma parte
Desanda no desejo preterido

Vindo não se sabe de onde
Ondas certas meu ânimo sonda
Ávido por viver no que se esconde
Maré rege em uma só onda

Hoje é um dia vazio
Flertes gélidos no frio
Nauseam-me em risos

Amanhã uma dor nos sisos
Será a moção da minha alma
Queira conturbar - acalma.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Clemência

Imensurável trilha
Mantenha a Luz
Lendo, a filha,
Lágrimas abaixo da cruz.

Jogada bem-feita
Mingua a prata paga.
Seu valor converta
Em direita - em punhos! - adaga.

Doravante amole-a para os dias de guerra
A lâmina ilumina-te por quem um dia veio à terra
A dádiva será uma linha adentro a neblina
Esta espada no escuro é Sabedoria mais fina

Teu nome está errado,
De palavras se proteja.
Teu rosto está deformado,
O Juízo já lampeja

Descrédito em você!
Tão simples me liberto
Lasso eis seu ser
Para o Pai plange no aperto?

Doravante tudo o que gostas irá muito te anojar
O prazer dolorido, um companheiro que nos unirá
O jogo é refletir os flertes na chama que chove
Porquanto no Fim o resultado é sempre nove

Temas -
Cada vértebra da tua coluna
será uma cristalina pedra de gelo.

Repousas?
A verdade mais profunda é a integridade mais radical.
Assine sem ler o armistício.
Renda-se fiel e leal -
Rendas do exício.

Conquanto teu coração jamais jorre tristeza
Haveria na Glória um canto da tua beleza?