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terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Violino do Braço

O violino está preparado
Trêmula, ela toma o arco
A melodia do que será ceifado
Ela medita com pulso fraco.

Difícil a música fatal
O próprio corpo sente
Cada nota tonal
Rasgando pungente

Enfim a elegia jorra
Sem medo das feridas abertas
Gozando o sangue, a forra

Ela não precisa falar
O som rompe suas tristezas certas
Tingindo de escarlate o ar.

domingo, 15 de agosto de 2010

Morte em Ti

Pensou que ia esquecer?
Aquela presença tormentosa
Não mais me deixa ser
Dentro da mente tortuosa

Vivo sempre lúgubre
Quando penso em ti
Ser é ser fúnebre
Condenado em si

Mate-me antes que eu morra
Adague-me com tuas palavras
Fuja antes que eu corra

Não encontro outra cova
Meu sepulcro tu lavras
Preparando a boa nova