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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Confessando Mentiras

Sou carente
E não há ninguém para me consolar
Sou poeta
E meus versos só dão a blasfemar

Não sou mulher
Mas sou muito sensível
Não sou mentiroso
Mas sou pouco crível

Quero provar do melhor
O horizonte enche-se de vermelho
Quero desatar os instintos
A carne lacrimada torna-se espelho

Crença de cacos de sangue espalhando
Leitos de inconformismo brando

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mar Vermelho

Vês-me ajoelhado de vergonha
Porém cansei da trava morta
E quem deseja me destruir
Em meu encalço mira certo

Sou escravo dos instintos
Livramento não me permito
Estanquei na margem da morte
Os inimigos nem precisam se preparar

Subjugado num canto de aperto
Desconsolado na solidão
Esperançoso na infertilidade

Milagre da água para o sangue
Realidade inunda meus olhos
Permita Deus que eu não me atire