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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nem na Frente do Espelho

Nem na frente do espelho
Vejo tanta estranheza.
Comemorações alucinadas
Pela cisma da esperteza.

Nem na frente do espelho
Parte-se união tão desconexa.
Não reside poesia nessa casa,
Lei decretada por tolice complexa.

Nem na frente do espelho
Conseguem refletir.
Do contrário, por uma centelha,
Conceberiam a necessidade de partir

O espelho que chorou
Quando viu minha face.

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