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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Necessidade de um Deus de Gelo

Oh, tu que me desconheces!
Intrínseca ignorante
Estranha minha feição
À ela declama hecatombes leprosas
Vida é meu necromante.

Oh, tu de estirpe inigualável fina!
Inútil fitar-me
Apenas minha alienação te comove
Não sabes que te vejo me vendo
Ressentimento dos teus dotes de desarme.

Oh, tu do fluxo formoso!
Peço-te desculpas
Minha noite de inverno
Ridícula é de rir
Um hino que te insultas.

Oh, tu de destom pálido áureo!
Motejante das minhas crenças
Mas sucumbiste a quem não devia
A repugnância te contaminou
Yggdrasil sombria, caiu em doenças.

Oh, tu dos dons divergentes!
Magnetizou-me com desejo e inveja
Um poder de conquista infalível
Mas a mim joga em desprezo
Yggdrasil sombria sempre te deseja.

Oh, tu, personificação da indiferença!
Demeter nunca se contristeceu
Hades sim, raptou-se na solidão
Thanatos ergueu uma pira fúnebre -
Eris não morreu.

Oh, tu que desconheço!
Romântica alheia
És a perfeição das minhas ambições
Encontro de longe minha amada -
Morte é minha egéria.

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