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sábado, 25 de junho de 2011

Quando Um Sabe, Todos Sabem

Quando um sabe, todos sabem.
A discrença é o que resta a cada um.
Prefiro estagnar-me no silêncio
A palavras devotar no extenso
Auditório que é um ouvido.
O desprezo é bom enquanto dura,
Até à hora que ninguém aguenta -
Há alguém que ama quando se afugenta,
Na solidão mata a todos com pressa
Igual a de quem do rosário faz uma prece.
A falsidade é uma flor verdejante
Que nasce no coração dos amantes,
Seu sustentáculo é a vigilância
Do ciúme, tão delicado e afável!
Sua poda é o poder do ódio,
Lâmina de um jardineiro periódico
Uniformizado com uma capa preta,
Faz deste jardim dos amores
Um sulfuroso laboratório químico.
Rega as plantas com ácido clorídrico.
Botânico letífico e inflexível
Tornou-se o chato companheiro.
Zomba das abelhas com inseticida
Poda o que quiser, mas não da esquecida
Faz menção, a que mais que ele pode
É a que espreita tudo do fundo
Do seu jardim de sepulturas,
A qual jamais um sorriso fulgura
Mas ama o caos da discórdia,
Ama cada estúpido vivente,
Porque sabe que tão logo
Estará com toda a logos!
Bastarda punida, enche-se
De maldições, sortilégios e pragas
E lança-os quando alguém a cumprmenta
Em seguida, do coração pára-se a tormenta
Parece atormentada, mas é seu charme
Que cheira a um cravo-de-defunto,
Uma conquista de função certa e única -
Fazer da mortalha tua túnica
O tempo é justo quando
Paga a pecadora pela justa,
Pessoa sem noção a cair
Nas mãos duma deusa do porvir.
Quando um sabe, ninguém sabe...
Que eu sou essa letal deusa!
Quem usa a sinistra lâmina sou eu
Contra você -
Meu nome é Hel!!

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