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segunda-feira, 24 de março de 2014

Visão mística da voragem

Excedendo a natureza feminil
era a própria visão do abismo
perturbando minha razão
com intensa alvura-
descorada, mil vezes descorada, -
Resistir pra que?
Basta o eflúvio da tua sombra
e inebriado fico até me prostrar
Quem dos observadores fixará
ao chão meu delírio?
meu peito crepita de febre
desconsolado e desacreditado
provando da vertigem simétrica
da queda dos teus olhos
sobre mim - um ataque desleal
Devolva meu fôlego de vento oriente!
Tu, mistério do ocidente,
encerrou minha razão de sol a pino,
para caminhar na tua fenda
escura mas brilhante
e tão reluzente que enxergo
tua silhueta,a essência de toda névoa
que envenena no desengano
de toda breve paixão
quem se dedicou ao bem.
Encolhido e te fitando,
rendo ao contencioso
toda a minha auto-detração.

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